Implante anticoncepcional: como funciona e quanto custa?
O implante anticoncepcional é um dos tipos de métodos contraceptivos existentes.
Por considerar as variadas necessidades de cada mulher, o implante contraceptivo pode ser a escolha ideal para mulheres de diferentes idades.
Veja aqui como funciona o implante anticoncepcional, indicações, contraindicações, benefícios e quanto custa:
O que é implante anticoncepcional?
O implante anticoncepcional, implante contraceptivo subdérmico ou Implanon, é uma das soluções de prevenção de gravidez não planejada e as suas consequências.
De acordo com uma pesquisa feita pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca, da Fundação Oswaldo Cruz, mais de 50% das gestações não planejadas resultam da falha no uso de anticoncepcional contínuo.
É considerando esse fator, que o Brasil é um país acima da média internacional de gestações não planejadas, o que também faz com que haja o aumento de abortos clandestinos, que passa de 500 mil por ano.
Considerando esses dados, que cada mulher possui necessidades diferentes e benefícios, o Implanon é um dos métodos anticoncepcionais mais indicados, tendo 99% de eficácia comprovado.
Como funciona o implante anticoncepcional?
A inserção do implante anticoncepcional, por sua vez, é feita com uma pequena cápsula com hormônio etonogestrel de 4 cm de comprimento e 2 mm de diâmetro, feita no braço. Possui uma ação de 3 anos, tendo uma inserção e remoção descomplicada. Há dispositivos que podem durar de 6 meses a 1 ano.
Antes da injeção, o paciente recebe uma anestesia no local, fazendo com que seja possível ser sentida apenas uma picada de agulha e uma ardência pelo medicamento que leva alguns segundos.
O dispositivo é semelhante a um palito de fósforo quanto ao seu tamanho, tendo como principal finalidade impedir que o óvulo seja liberado no ovário, também alterando a secreção de muco no colo do útero, dificultando a entrada de espermatozóides.
Em outras palavras, o etonogestrel contido no bastão é liberado de forma contínua no organismo, barrando a ovulação, alterando o muco cervical, e atrapalhando a passagem dos gametas masculinos.
Para exercer sua função, o implante é introduzido embaixo da pele por um aplicador descartável. É um método que possui eficácia garantida, sendo superior a ligadura de trompas uterinas, DIU (dispositivo intrauterino) e anticoncepcionais orais. Abaixo da pele, o implante libera porções de hormônio em uma quantidade inferior à da pílula.
Por fim, o Implanon é um chip anticoncepcional de extrema eficácia, com um amplo estudo ao redor e reconhecido pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
Vale ressaltar que o implante também pode ser usado no tratamento coadjuvante da dismenorreia (cólica menstrual) e ainda atua prevenindo gravidez ectópica, caracterizada pelo fato do embrião ter desenvolvimento fora da cavidade uterina, local correto de sua fixação.
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Consequências
Durante o uso do implante anticoncepcional, pode-se haver a possibilidade do aparecimento de sintomas e efeitos adversos. Entre essas consequências estão:
- Sangramentos em épocas fora do período menstrual;
- Sangramentos com mais de 5 dias;
- Amenorreia;
- Dor de cabeça, abdominal e nas mamas;
- Cefaleia;
- Aumento de peso;
- Dores abdominais;
- Diminuição da líbido;
- Aumento da oleosidade da pele e tendência acne;
- Tonturas;
- Náuseas;
- Dores no local do implante;
- Alterações de humor.
A maioria dessas reações perceptíveis são transitórias, tal como o escape menstrual, e o organismo tende a se adaptar com cerca de 6 meses.
Para evitar complicações, o ideal é recorrer a um ginecologista, em que, caso indicado, o profissional irá fazer a inserção do implante entre os primeiros dias do ciclo menstrual.
O implante pode ser inserido depois o parto ou aborto, por volta de 21 dias depois.
Indicações e contraindicações
Em meio a avaliação, o ginecologista responsável irá considerar as indicações contraindicações do processo, para assim, indicar a melhor abordagem a ser feita.
Dessa forma, entre as indicações para a colocação do implante envolvem:
- Busca por um um método mais evoluído e eficaz;
- Que não realizam o controle correto de outros tipos de controle (diário, semanal ou mensal) – tal como o contraceptivo oral;
- Que sofre mensalmente com os sintomas da tensão pré-menstrual;
- Pós-parto em fase de amamentação e após o puerpério – buscando não prejudicar a produção de leite.
Já considerando as contraindicações do procedimento, pode-se citar:
- Gravidez ou suspeita de gravidez;
- Câncer;
- Tumor no fígado benigno ou maligno;
- Trombose venosa ativa;
- Icterícia;
- Sangramento vaginal desconhecido;
- Doença grave no fígado ou inexplicada;
- Existência ou suspeita de malignidades sensíveis a esteroide sexual;
- Hipersensibilidade à substância ativa ou qualquer componente do implante.
Caso alguma das condições seja detectada em meio ao uso do implante, o dispositivo deverá ser removido imediatamente. Também pode ser facilmente retirado em caso em que a mulher tenha novamente vontade engravidar.
É importante se levar em conta que assim como todos os métodos, até mesmo os definitivos, há algumas taxas de falha. Dessa forma, vale enfatizar que antes da decisão, é necessário que haja o apoio de um ginecologista para entender qual a melhor forma de sanar a necessidade.
Vale ressaltar ainda que o Implanon não protege o organismo contra doenças sexualmente transmissíveis, podendo apenas a camisinha ser capaz de fornecer uma proteção eficaz contra as DSTs.
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Afinal, quais são as vantagens do implante anticoncepcional?
O Implanon se destaca pela variedade de suas vantagens, são elas:
- Diminuição da tensão pré-menstrual;
- Redução da menstruação – ideal para mulheres com fluxos intensos;
- Prevenção da gravidez ectópica;
- Diminuição da menstruação;
- Não compromete o sistema hepático e gástrico – como ocorre com pílulas orais;
- Alternativa ao uso do estrógeno – o qual tende a ser uma proibição para algumas mulheres;
- Permite que mulheres amamente normalmente;
- Possui duração de 3 anos;
- Não interrompe a atividade sexual;
- Sem risco de esquecer.
Implante anticoncepcional, qual o valor?
O preço de um implante é variável. Em média, os dispositivos custam de R$ 900 a R$ 7 mil.
A grande margem de preço é causada pela variação da quantidade de implantes colocados dependendo do peso da pessoa.
Contudo, o valor alta é compensado pela segurança e qualidade de vida proporcionada.
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