Instituto Butantan tira dúvidas sobre a varíola dos macacos
O que é a varíola dos macacos? Quais são seus sintomas? Como ela é transmitida? Essas são apenas algumas das dúvidas mais comuns sobre a infecção que tem chamado atenção do mundo todo.
Como forma de tranquilizar e instruir os brasileiros, o Instituto Butantan preparou um texto com as principais perguntas que podem surgir sobre a doença. Compilamos aqui as informações que você não pode deixar de saber.
Para começar, existem dois tipos de vírus da varíola dos macacos: o da África Ocidental e o da Bacia do Congo (África Central). O primeiro tem uma taxa de mortalidade de 1%, enquanto o segundo pode elevar o número a 10%.
O atual surto da varíola dos macacos tem sido associado à África Ocidental, o que é uma boa notícia. Mesmo assim, o vírus Monkeypox, como é conhecido, ainda apresenta riscos às crianças, gestantes e imunossuprimidos.
Existe vacina para a doença, mas ela não é amplamente distribuída nos dias de hoje. Isso porque a varíola foi erradicada no passado e as campanhas de vacinação foram descontinuadas. Pessoas com mais de 40 anos podem ter recebido o imunizante, mas é difícil dizer se a proteção segue firme devido à passagem do tempo.
O vírus pode ser transmitido pelo contato com gotículas expelidas por alguém infectado, o que torna o uso de máscaras primordial. A transmissão também pode ocorrer pelo contato com as lesões na pele causadas pela doença ou por materiais contaminados, como roupas e lençóis. A higienização das mãos com água e sabão e o álcool gel também voltam como aliados.
O período de incubação da varíola dos macacos pode variar de cinco a 21 dias. Neste tempo, é importante que o paciente permaneça isolado e em observação. A doença costuma passar de forma natural após algumas semanas.
Os sintomas da varíola dos macacos podem ser leves ou graves. O principal deles são as lesões que surgem na pele, similares às da catapora. Febre, dores de cabeça, dores no corpo, calafrios, exaustão e inchaço nos linfonodos também aparecem.
Virologistas do Instituto Butantan temem que a doença se torne um problema de saúde pública mundial devido ao risco para certos públicos, a necessidade de isolamento e a falta de vacina para todos. Por isso, eles apostam no bloqueio da transmissão para impedir o pior: mais um surto mundial de uma doença infecciosa transmitida pelo ar.
Para isso, é importante que os países criem redes de monitoramento do vírus. O Ministério da Ciência e da Tecnologia (MCTI) já criou seu comitê, mas até o momento não foram relatados casos no Brasil.
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