Movimento exige suspensão de obra do metrô de SP para preservar descoberta arqueológica
A história dos achados históricos nas obras do metrô de São Paulo acaba de ganhar um novo capítulo.
Primeiro, um sítio arqueológico foi encontrado no que seria a antiga sede da escola de samba Vai-Vai por trabalhadores da construção da Linha 6 (Laranja) do Metrô.
Agora, o grupo de moradores do bairro Bixiga pede a paralização das obras da futura estação 14-Bis para preservar a descoberta arqueológica.
Acredita-se que os artefatos encontrados seja vestígios do Quilombo Saracura, comunidade negra do século 19 que deu origem ao bairro do Bixiga. O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), que fez um projeto de salvamento e resgate dos registros, considerou que o local possui valor histórico de alta relevância.
O Movimento Mobiliza Saracura Vai-Vai, como é chamado o grupo, lançou um manifesto na última quarta-feira (23). O documento é assinado por cerca de uma centena de entidades do bairro do Bixiga e da cidade de São Paulo, além de coletivos da comunidade científica
Uma das ações envolve a convocação de um ato para o dia 2 de julho, com concentração às 10h, no local da futura estação do metrô.
O grupo — composto por moradores, sambistas, pesquisadores e militantes do movimento negro — já acionou o Ministério Público Federal e do Estado para barrar o avanço das obras. A ideia é que, no lugar que se construa um memorial, e também haja a mudança do nome da Estação do Metrô — de “14-Bis” para “Saracura Vai-Vai”.
Segundo a concessionária Linha Uni, o local onde os vestígios foram encontrados está preservado, e não há necessidade de paralisar as obras.
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