Plantas geneticamente modificadas servem como purificador de ar
Os purificadores de ar, como o nome sugere, foram desenvolvidos para remover partículas poluentes e microrganismos presentes no ar. Porém, nem tudo é filtrado por estas máquinas.
Os compostos orgânicos voláteis (VOCs), por exemplo, acabam passando despercebidos. Esses poluentes são originados de materiais usados em construções, como tintas, revestimentos e produtos químico, e estão presentes até mesmo na fumaça do cigarro.
Pensando nisso, A startup francesa Neoplants desenvolveu uma planta capaz de absorver os poluentes do ar. Os cientistas modificaram geneticamente a planta jiboia (Epipremnum aureum), tornando-a trinta vezes mais eficaz do que as plantas comuns na remoção de VOCs do ar.
A Neo P1, como foi chamada, é capaz de converter formaldeído em frutose (açúcar que a planta usa como fonte de alimento) e converte o grupo BTEX (benzeno, tolueno, etil-benzeno e xileno) em aminoácidos.
Mas o vegetal não trabalha sozinho. Segundo os cientistas, é preciso adicionar um microbioma ao Neo P1 para torná-lo mais eficiente na quebra de VOCs. Para isso, foram utilizadas as bactérias Methylobacterium extorquens e Pseudomonas putida, que precisam ser adicionadas no vaso mensalmente. O fertilizante natural também será vendido pela Neoplants.
A planta é ideal até mesmo para aqueles que não levam jeito com a jardinagem. A planta só precisa ser regada uma vez por mês durante o inverno e uma vez a cada duas semanas durante o verão.
O preço, por sua vez, pode assustar um pouco. O pacote contendo um vaso de plantas, um suporte auto-irrigável e a primeira dose do microbioma será vendido por US$ 179 (cerca de R$ 955). A Neo P1 deve iniciar as encomendas no primeiro trimestre de 2023.
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