OMS sugere dose de reforço só para grupo de risco da Covid; entenda a mudança
A OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou nesta terça-feira (28) novas orientações sobre a vacinação contra a Covid-19. Agora, a entidade divide a população em três grupos: pessoas com baixo, médio e alto risco de desenvolver a doença.
Segundo a organização, os dois primeiros grupos não têm necessidade de receber as novas doses de reforço do imunizante. Dessa forma, fica a critério de cada país analisar a situação epidemiológica local e definir as diretrizes para a vacinação.
Vale deixar claro que a entidade considera o esquema vacinal completo aquele que possui três doses. As injeções tomadas depois disso seriam consideradas como reforço.
A nova orientação considera como pessoas de alto risco os idosos, pessoas com comorbidades ou imunocomprometidas, gestantes e profissionais da saúde. Esses devem continuar recebendo doses extras seis ou doze meses após a última data de vacinação.
Dessa forma, o cenário ficaria similar àquele da gripe no Brasil, em que a vacina também é oferecida anualmente apenas para pacientes de alto risco. Pessoas fora do grupo de risco também podem adquirir o imunizante em clínicas privadas.
O grupo de médio risco inclui adultos com menos de 60 anos e crianças e adolescentes com comorbidades. A OMS recomenda para essa população apenas o regime completo e as primeiras doses do reforço da vacina.
Por fim, está o grupo com baixo risco, que inclui crianças e adolescentes saudáveis de seis meses a 17 anos. A organização considera as doses primária e o primeiro reforço suficientes neste caso.
Recomendação atual no Brasil
Atualmente, a vacinação com a dose bivalente da Pfizer no Brasil foca no grupo de alto risco. Estão também inclusos no PNI (Programa Nacional de Vacinação) pessoas com deficiência permanente a partir de 12 anos, população privada de liberdade, adolescentes cumprindo medidas socioeducativas, funcionários do sistema de privação de liberdade, pessoas que vivem em instituições de longa permanência, indígenas, ribeirinhos e quilombolas.
A medida da OMS não deve desencorajar as pessoas a tomarem a vacina contra a Covid-19, principalmente se estiverem contempladas pela campanha em andamento.
Também é imprescindível estar com o esquema vacinal de no mínimo três doses completo para melhorar o cenário epidemiológico do país, evitar o surgimento de variantes e realmente ver a Covid-19 se tornar uma doença com caráter endêmico.
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