Salmão faz desova no Ártico e escancara aquecimento do ecossistema
O salmão chum, uma espécie de peixe que normalmente vive no interior do Alasca, está agora se reproduzindo em alguns rios do Ártico. Uma pesquisa da Universidade do Alasca (EUA) apontou que essas mudanças se dão por causa do aquecimento global.
No mês passado, o cientista Peter Westley liderou uma equipe que pesquisou dois afluentes do rio Colville, o Anaktuvuk e o Itkillik. Os pesquisadores contaram cerca de 100 salmões divididos igualmente entre os dois rios do Ártico.
“Essa descoberta realmente consistente com aquele claro prenúncio das alterações climáticas: esta mudança em direção aos polos”, disse ele à Wired.
Os cientistas ainda não sabem se essa desova resultou realmente no desenvolvimento bem-sucedido de peixes jovens. Para tentar descobrir isso, a equipe da universidade colocou sensores de temperatura no cascalho onde o salmão foi observado desovando.
Agora, os cientistas pretendem extrair DNA e comparar com as estruturas genéticas de populações conhecidas para entender qual origem desses peixes.
ONU alerta para o aquecimento global
A Organização Meteorológica Mundial (OMM), órgão da ONU para as mudanças climáticas, publicou em agosto o novo censo climático de 140 países. A OMM fez o levantamento em conjunto com os Centros Nacionais de Informações Ambientais dos Estados Unidos.
Os dados revelaram que, em 2022, a temperatura média global ficou cerca de 1,15°C acima do que era na fase pré-industrial. Em 2021, a temperatura média global era 1,1 °C acima do limite pré-industrial.
Em 2023, já é possível perceber que a tendência é que o planeta continue aquecendo em ritmo acelerado. Julho deste ano foi o mês mais quente já registrado no planeta, com temperatura 0,33ºC maior do que o recorde anterior.
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